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terça-feira, 28 de outubro de 2008

RAÍZES DO BRASIL
( Sérgio Buarque de Olanda )

Brasil, uma nação ainda em processo de despontamento
"O certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio do outro clima e de outra paisagem.
Assim, antes de perguntar até que ponto poderá alcançar bom êxito na tentativa, caberia averiguar até onde temos podido representar aquelas foemas de convívio, instituições e idéias de que somos herdeiros". ( Sérgio Buarque de Holanda, pg.31 ).

Raízes do Brasil é uma obra de grande relevância ao estudo do perfil da formação da sociedade brasileira. A obra aponta as contribuições de cunho positivo e negativo que os países europeus tiveram na composição dos aspectos culturais, sociais e cognitivos do povo dessa região, sobremaneira no litoral do Brasil. Nela Sérgio Buarque de Holanda com requintada percepção de uma nação como um todo, aborda a questão colonial como um feito histórico que parte da adaptação dos portugueses à terras tão diferentes da sua procurando recriar, aqui, um meio de se aproximar de sua origem agindo com certa facilidade. "...onde lhe faltasse o pão de trigo, aprendia a comer o da terra, e com tal requinte que a gente de tratamento só consumia farinha de mandioca fresca, feita no dia." ( Holanda, 1971 ). Um povo que consegue se adaptar ao solo e clima tão hostil ao do seu costume, se objetivasse, se tivesse despertado o gosto pela terra teria construído no solo brasileiro uma grande e rica nação. Contudo, p próposito português era unicamente de explorar as riquesas que as terras brasileiras ostentava. "Não querem bem a terra, pois têm sua feição em Portugal; nem trabalham tanto para a fovorecer, como se aproveitarem de qualquer maneira que pudessem; isto é geral, posto que entre eles haverá alguns fora desta regra." ( trecho da carta de padre Manuel da Nóbrega em 1552 ) - Raízes do Brasil pg. 107.
É nessa mentalidade portuguesa que a agricultura se desenvolve no Brasil. Uma atividade, na época. largamente desempenhada no plano rural concentrando predomínioo esmagador em todas as formas ao meio ambiente, não dispensando o mínimo de cuidado com a conservação do solo ou das matas, tão pouco foi fomentado o aperfeiçoamento da agricultura, constituindo, assim, de uma agricultura quase primitiva.
Os olandeses, no Recife, bem que ensaiaram contruir uma nação de caratér predominante, estimulando assim, a divisão classica entre o rural e o urbano. Já que grande parte da população ostentava o requinte que dispunha o meio rural, mas, a língua falada pelos nativos serviria de entrave, uma vez que a língua olandesa não se difundia com compatível compreensão à comunicação a qual propiciasse um conívio social edificante e consolizador ao passo que a língua portuguesa e castelhana se ajustavam moderadamente à língua tupi, falada por quase todos povos nativos litoranos,nasce, então, dessa misturas de línguas a língua geral, muito difundida na região. Essa tentativa de divisão entre engenho e cidade, entre o senhor rural e o mascate teve inegável reflexo mais tarde ao resultar no enchimento de quase toda história pernambucana.
Sérgio Buarque de Holanda contextualiza a influência do negro, destacando o tráfico e a abolição dos escravos como marco histórico que dividiu duas fases da História Brasileira. Uma monarquia de fazendeiros escravocratas buscando fundar estabilidade de instituições as quais propiciava o monopólio da política, elegendo, ou fazendo eleger seus candidatos para que perpetuasse o domínio aos parlamentos, os ministérios e em geral toda posição de mando que defendesse aos argumentos dos partidários do eterno status quo, afim de afastar o temor de um futuro incerto e insondável com o fim da mão de obra escrava defendida pelo parlamento britânico e legitimada pela Lei Eusébio de Queirós. ( primeiro passo e sem dúvida, o mais decisivo e verdadeiramente heróico , tendo-se em conta a trama complexa de interesses mercantis poderosos, e não só de interesses como de paixões nacionais e prejuizos fundamente arraigados, que a Lei Eusébio de Queirós iria golpear de face. Servindo-se de documentos parlamentares britânicos, pôde Calogéras compor um quadro verdadeiramente imprecionante do que foram, então, as resistencias e recalcitâncias.). Raízes do - pg.75. Todo esse aparato para conter o tráfico negreiro aportou-se também, em apelos patrióticos do povo. Esse crescente seentimento lusófogo chegou a representar, direta e indiretamente uma ponderável influência no movimento para a supressão do tráfico de negros que teria anos mais tarde um declínio expressivo, com a Lei Eusébio de Queirós em 1845 e a intensificação das atividades britânicas foi de tal influência que a entrada de negros no Brasil reduziu aproximadamente 91%, comparada a décadas anteriores.
em sua obra o autor mostra que a abolição dos escravos foi de extrema importância o qual caracterizou a época urbanistica e o predomínio da fase marcada pelo intelectualismo do nativo brasileiro havendo significativas mudançãs no plano político e social da população. Negros, antes escravos, índios e mulatos deixam o campo para compor uma nova fase de suas vidas e da história do Brasil, a povoação urbanística, cercada de todo um espéctro desfavorável àqueles que sem instrução alguma favoreça a uma vida menos amarga que a situação escrava. É notorío que a população carecesse de educação escolar, mas, os interesses dos governantes eram outros, ou somente os seus, e pouquissimo se fazia para atenuar as necessidades do povo. Aqueles que dispunham de mais recursos poderiam substituir o valor atribuído a terra para as questões do intelecto em busca de um diploma de bacharel.

O povo brasileiro é uma nação que ainda hoje ( sec. XXI ), está com sua identidade em formação e que pode desenvolver, em ciências, coisas incríveis, mas, o povo ainda não se despertou para isso.

É inegável a impotante representação dessa obra para o estudo da história do povo brasileiro, contudo, é notório que Raízes do Brasil, foi elaborada para atuar no meio acadênico, dado a abrangência de aspectos nela abordados bem como o esmero verbal e gramatical que exigem do leitor um conhecimento prévio em Histótia, Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia, Pedagogia e outros.



Resenhado por Anívea A. costa
Planaltina, 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

DESMUNDO

É um filme que traz em sua triologia as questões discussivas sobre o período colonial do Brasil, é um amplo leque para se abordar aspectos sociais, étnico, culturais e linguistico.
O filme é ambientado na época de 1570, quando a rainha de Portugal envia várias órfãs para o Brasil afim de que fossem desposadas pelos portugueses brancos, que aqui residiam, há presente nesse contexto a tentativa de minimizar o nascimento de crianças índias e fazer com que os portugueses tivesse casamentos cristãos, uma vez que as índias, escravas, eram usadas para suprimir os desejos sexuais dos colonizadores, não serviriam para se casar com colonos.
As jovens vinham de conventos e muitas delas desejavam ser religiosas, mas, oa chegar aqui deparavam com a desconstrução de seus sonhos, ideais, hábitos e esperança. Oribela ( Simone Spoladore ) é uma dessas jovens que se vê obrigada a se casar com Francisco ( Osmar Prado ), um homen rude que a obriga pela força manter relações com ele. Ela tenta fugir das garras de marido e esbarra em colono por que se afeiçoa e vê a possibilidade de voltar para Portugal.
No decorrer do filme que é do gênero drama é possível observar cena que além dos pontos mencionados deixam implícito várias questões como o inxesto, o domínio da igreja, o comércio humano, e a diversidade de linguagens, pois há grupos formados por europeus, índios e caboclos. Vale ressaltar também que todo o elenco do filme teve que aprender o português arcaico. Diante de enredo riquissimo como esse seria interessante que os profissionais docentes valorizassem todos os aspéctos possiveis de serem explorados em uma trama como essa.
Pode-se também fazer uso de outros filmes para facilitar a compreensão como por exemplo *A Muralha - mostra o Brasil na éopca da colonização, apontando a escridão, a catequisação do índio, a posição da mulher, a cultura , a linguagem e outros.
*Um ato de coragem - aborda aspectos relacionados ao preconceito racial, social como consequencia dos antepassados.
*Central do Brasil - aborda questões relacionadas ao índice de anlfabetismo brasileiro.
*A invenção do Brasil ( O caramuru )
*A conquista do paraiso. e muitos outros filmes.


Contribuição das cursistas: Wesly e Gonçala

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Língua Portuguesa, no Brasil, tem sido objeto de estudo por muitos pesquisadores linguistas, pedagogos e por professores de Língua Portuguesa. O que leva esses profissionais dedicarem horas de pesquisa, com certeza, é a tentativa de buscar explicação para o alto indice de analfabetismo funcional no país e com isso apontar soluções noteadoras que possam acabar com esse grave problema que acaba sendo um entrave para o crescimento social e econômico do país.
Marcos Bagno, em seu livro, NADA NA LÍNGUA É POR ACASO, faz apontamentos no qual relata que "no Brasil, a Língua Portuguesa, possui muitas variedades dialetais. identificam-se geografica e socialmente as pessoas pela forma como falam. mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é atribuido aos diferentes modo de falar: é muito comum considerar as variedades linguisticas de menor prestigio como inferiores ou erradas. o problema do preconceito desseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, com parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença. Para isso, e também, para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única "certa" de falar - a que se parece com a escrita- e o de que a escrita é o espelho da fala - e, sendo assim, seria preciso "consertar" a fala do aluno para evitar que ele escreva errado." ( p.27 ) Ao condiderarmos a linguagem do personagem Chico Bento, com um dialeto próprio de um grupo de falantes, dentro da Língua Portuguesa, como simplismente, uma forma diferente de se usar a Língua e respeitarmos esse modo de falar estamos fazendo com que todos possam se comunicar sem preconceito linguistico entre os grupos. É triste observar que é na escola onde os indivíduos entram em contato com as primeiras experiências discriminatorias do seu modo de falar, e o mais grave é que ela age como mutiladora de suas crenças e cultura linguistica, adiquiridas no convívio familiar. É notório também que as escolas veem mudando esse conceito, tão irraizado em na prática diária escolar, porém em passos de tartaruga.

CHICO BENTO